Peritonite Infecciosa Felina (PIF): Sintomas, tratamento e prevenção

o que é PIF?

A peritonite infecciosa felina é uma doença contagiosa que afetam os gatinhos, porem nem todos os gatos portadores do vírus iram desenvolver a doença em sua forma mais grave. Também conhecida com o acrônimo PIF foi diagnosticada pela primeira vez na década de 1950.

A PIF é causada pelo coronavírus felino (FECV), e o contagio acontece no contato ou ingestão de fezes contaminadas pelo coronavírus, e também é transmitido durante a gestação ou durante a amamentação, nem todo gato que tenha o coronavírus tem a PIF. A PIF é uma reação inadequada ao coronavírus (FECV), e ocorre quando o coronavírus muta dentro do organismo do felino e evolui para a PIF (FIPV). Portanto, a PIF, é uma doença secundária ao coronavírus, e as duas não se confundem.

As causas da mutação deste vírus ainda são desconhecidas, mas especula-se que seja uma predisposição genética. Especula-se também que seja causada pela fragilidade do sistema imunológico, desencadeada por situações de stress, desnutrição, acometimento por vermes, ou outros problemas de saúde como a FIV e FELV, podem levar a mutação.

Gatos de todas as idades podem se infectar pelo vírus da PIF, mas ocorre com mais frequência em animais com menos de dois anos. Não há predisposição sexual, ou seja, tanto macho como a fêmea podem ser infectados.

Sintomas


Existem duas formas de PIF, a forma efusiva (úmida) e a não efusiva (seca), e são determinadas pelo tipo de resposta imunológica que cada gato irá desenvolver. Em alguns casos o mesmo gato pode desenvolver as duas formas.

O período de incubação pode levar de dias a semanas para aparecer e são considerados não específicos, são eles: febre, anorexia, perda de peso, diarreia e desidratação.

PIF efusiva (úmida): Ocorre um processo inflamatório nos vasos e consequentemente um acúmulo de líquido na região do abdômen e/ou do tórax. Os gatos com essa forma apresentam febre não responsiva aos tratamentos com antibióticos e um aumento do volume abdominal decorrente do acúmulo de líquido nesta região.
Sintoma PIF úmida


PIF não efusiva (seca): É caracterizada pela formação de granulomas e necrose em diversos órgãos abdominais, torácicos, sistema nervoso central (SNC) e olhos. Granuloma é uma estrutura microscópica composta por diversas células que englobam o agente causador, aqui no caso o coronavírus, na tentativa de conter a disseminação da doença. Os sintomas ocorrem de acordo com o local acometido, portanto pode variar desde mucosas amareladas, quando o fígado é acometido, até mesmo cegueira, quando os granulomas se desenvolvem nos olhos. Tosse pode ocorrer se o gatinho desenvolver pneumonia.
Sintomas PIF seca


Quando o SNC é acometido o gato apresenta alterações neurológicas, como dificuldade de locomoção, tremores, incontinência fecal e urinária, mudança de comportamento e até mesmo convulsões. Nestes casos o prognóstico é ruim.

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Diagnóstico


como é diagnosticado a PIF

Para a realização do diagnóstico veterinário se baseia na história dos animais e nos sinais clínicos. Os exames de laboratório auxiliam o diagnóstico, como exames de sangue, ultrassom, testes sorológicos e de DNA, mas o diagnóstico definitivo só pode ser feito por biópsia ou necropsia. É importante salientar que testes positivos para o coronavírus não caracterizam obrigatoriamente PIF, pois nem todo animal com este vírus terá a doença. Este fator pode dificultar a conclusão do diagnóstico ou falsamente comprometer gatinhos soropositivos, mas que nunca terão PIF.

Infelizmente, diante de um resultado laboratorial positivo para coronavírus, muitos gatos são sacrificados sem estarem realmente doentes. Os tutores temem que o gato positivo contamine os demais. Porem deve-se considerar que é altíssima a incidência do coronavírus na população felina, sendo considerável a probabilidade de que seu(s) gato(s) já tenha(m) o coronavírus por anos, mesmo que ele tenha sido adotado na rua, ou comprado de gatis. Outro fator que deve-se considerar é que o coronavírus pode permanecer no organismo do animal sem qualquer sintoma por muitos anos e apenas 1% desenvolverá a forma letal da doença. Se um animal com coronavírus foi introduzido na sua casa, como os gatos da sua casa compartilham caixas de areia e se lambem mutuamente, é muito provável que todos os gatos daquela comunidade estejam contaminados pelo coronavírus.

Por isso, diante de uma suspeita de PIF ou de um resultado laboratorial positivo para o coronavírus, é recomendável que o tutor procure um veterinário especializado em medicina felina e realize os exames em todos os gatos, podendo assim demonstrar que todos os animais são portadores e, já sendo portadores, não representam risco de um para o outro. É importante não deixar que o medo, aliado a informações incompletas fornecidas por veterinários despreparados, leve à decisão de sacrificar o animal.

Tratamento


Infelizmente a PIF não tem cura e o tratamento é paliativo, baseando-se no uso de antinflamatórios em altas doses, quimioterápicos e antibióticos para evitar infecções secundárias. Estudos com drogas antivirais e imunomoduladores estão sendo realizados na tentativa de minimizar os efeitos adversos da PIF.

Prevenção


Em uma lugar com muitos gatos, prevenir que eles se contaminem é grande desafio. Caso você já tenha gatos com o coronavírus não é recomendado que introdução um novo filhote, tendo o interesse em adotar um novo gato opte pelos adultos.

Como a principal forma de transmissão é através das fezes contaminadas, mantenha sempre a caixinha de areia sempre limpa e esvazie-a e limpe por completo pelo menos uma vez por semana. A vacinação contra PIF não é recomendada, pois não apresenta resultados positivos na prevenção da doença e mesmo assim não está disponível no Brasil.

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